quarta-feira, 5 de setembro de 2012

 
 
e agora o crepúsculo
sobre um jardim de crisântemos
deitado de bruços
 
ali já desaparece
um homem e seu instante
 
 
**
 
 
a lua minguante
na tarde de céu profundo
contra meu espelho
 
vejo um véu de brancas luzes
atrás do biombo de nácar
 
 
**
 
silêncio de pedra -
no espelho d’água à deriva
cresce o nenúfar
 
entre rumores de pássaros
sonharemos este lodo
 
 
**
 
 
mar de primavera -
aqui a vida se acumula
nada ou quase pouco
 
num pântano de agonia
sob estrelas dormirei
 

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