fio a fio
o tear
entardece minhas unhas
ao som da garoa
tudo o que me resta agora
é a silhueta das montanhas
**
pela manhãzinha
encontro em minha varanda
os velhos prazeres
através do vidro sujo
seu olhar vai me seguindo
**
uma borboleta
sonhando em círculos sai
do bambuzal
em seu rosto atormentado
a solidão não bate asas
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